A obtenção de excelência estética periodontal requer um planejamento criterioso que envolva a avaliação detalhada de todos os fatores que interfiram na harmonia e simetria dos elementos que compõe o sorriso.
A avaliação estética dos pacientes deve ser composta por uma análise extra-oral, labial, periodontal e dental. A composição de um sorriso considerado belo, atraente e saudável envolve o equilíbrio entre forma e simetria dos dentes, lábios e gengiva, além da maneira que se relacionam e harmonizam com a face dos pacientes.
Não existe fórmula ideal para obtenção do sorriso perfeito – se é que ele existe, entretanto, é fundamental o entendimento dos aspectos periodontais que direcionem para a escolha da melhor abordagem terapêutica.
A avaliação das vistas frontal e lateral do paciente tem como objetivos delimitar as proporções faciais, auxiliar na determinação da dimensão vertical, e no posicionamento labial.
Num paciente com proporções faciais normais, o terço inferior pode ser subdividido em 3 partes, nas quais o lábio superior ocupa o 1/3 superior, e o lábio inferior e mento ocupam os 2/3 inferiores.
Os lábios podem ser considerados a moldura do sorriso e definem a zona estética do sorriso. No que se refere à avaliação estética dos pacientes, representam a transição da análise extra-oral e dento-gengival.
Os lábios podem ser subjetivamente classificados quanto à espessura em finos, regulares e espessos, mantendo como regra geral que a espessura do lábio superior é aproximadamente a metade da espessura do lábio inferior, no entanto variações são frequentemente observadas .
A forma, cor e disposição dos dentes anteriores e o seu relacionamento com os tecidos moles determinam a estética do sorriso, que devem ser considerados num contexto de harmonia em relação à face do paciente.
Durante o sorriso espontâneo, a posição da borda inferior do lábio superior delimita três condições distintas de exposição dos dentes superiores e tecido gengival (linha do sorriso).